Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

29.10.12

Passei a semana lembrando que tinha escrito para mim. Que tinha que te responder. Do mesmo jeito distante e descolado. Com vozes de um pedido. Baixíssimos ecos de um abraço sincero, mas enterrado. Sonhei contigo várias vezes. Olhei dentro para entender o que era esse meu próprio pedido de encontro, de estadia. 

E percebo. 

Você é ilusão. 

Impalpável, inaudível com o mais cerrado dos olhos. Você é você em si mesmo. É esse que não quer. 

Fundamental água, dedicação e desejo. Provavelmente para mim, defino assim. 

Puro desejo de querer. 

Você não. É vazio demais amar você.