Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

28.8.07

exhaustion

"Firmly trying to stand up and count all the stars
i can see in one hand."




Olhei embaralhada aquele balde d'água.

Resisti calmamente o Instinto. Era como se fosse a primeira vez que sentira aquela dor. Na realidade não era. Nem a segunda, nem a quinta. Também não era a mais forte. Latejava. Sim. E agora eu já não sabia se era porque estava acostumada, ou porque já conhecia, ou estava mesmo calejada. Que a dor não mais incomodava quanto antes. Percebia apenas que ela havia se espraiado. Tinha descido para o Estômago. E aí o que era aperto abstrato virava ácido vazio. Uma gororoba de irritação ansiedade nervosismo e prostração. Carne. Tradução do espírito impresso no Templo que o carrega. E agora a força não era mais da vã esperança. Não. A força tampouco vinha da raiva. Sustentada sim por umpouco de irritação. Que por sua vez preenchia o inocente do Estômago. Ela vinha. Estranhamente. De uma falta de conexão. Com o mundo. Desligamento encruado cheirando a queimado. Da existência briosa.

Me afoguei esquecida naquele balde d'água.

"E a água
me sorveu, completou, me coagiu."

0 diz pra mim, diz

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