Re
"Existe uma menina em mim que se recusa a morrer"
Tove Ditlevsen
em Liv Ullmann
(em Paula Constante)
Quem se porta como autor,
entende o destino frio da solidão distante de uma obra acabada.
Foi-se o tempo em que o motivo era simples, pequeno,
liberto das outras amarras. Dos outros-de-mim.
- Esse caminho não funciona. Não te entendo. Ficou uma bosta.
São tempos de nãos.
A foice dos tempos:
- Não!
Agora os olhos se voltam ao nome, à pessoa, ao meu eu mais íntimo,
ali exposto, corajoso e volátil. Frágil des'conserto.
- Tira esse sorriso e perde o direito, menina.
Estraçalhada, invisível e patética: (...) Ergo o peito teimoso, a face calejada, esfregando mãos e joelhos nos tacos do palco. Mais uma vez.
- Ainda, mais uma vez!
0 diz pra mim, diz
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