Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

16.11.08

Re

"Existe uma menina em mim que se recusa a morrer"
Tove Ditlevsen
em Liv Ullmann
(em Paula Constante)

Quem se porta como autor,
entende o destino frio da solidão distante de uma obra acabada.

Foi-se o tempo em que o motivo era simples, pequeno,
liberto das outras amarras. Dos outros-de-mim.

- Esse caminho não funciona. Não te entendo. Ficou uma bosta.

São tempos de nãos.
A foice dos tempos:

- Não!

Agora os olhos se voltam ao nome, à pessoa, ao meu eu mais íntimo,
ali exposto, corajoso e volátil. Frágil des'conserto.

- Tira esse sorriso e perde o direito, menina.

Estraçalhada, invisível e patética: (...) Ergo o peito teimoso, a face calejada, esfregando mãos e joelhos nos tacos do palco. Mais uma vez.

- Ainda, mais uma vez!

0 diz pra mim, diz

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