Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

16.2.07

Pedras

(homonimidades emprestadas)

Pedras de cores.
Histórias sedimentadas.
Geologia posta em contexto.

Existem as pedras claras.
Das Claras Marias, das vindas e idas.
Torneadas pelos mares, pelas chuvas e pelo sol.

Chegam a justificar sua presença.
Transparentes ou translúcidas,
delicadas e femininas,
são capazes de contar histórias.
Inspiram filósofos.
Tocam os pés dos poetas.
São doces,
são salgadas,
são sensíveis pedras.
Pois refletem a vida daquelas mãos que as tocam.

Existem também as pedras escuras.
Taciturnas,
Circunscritas.
São junções de contos, superposição do tempo.

Inacabadas, entregam-se aos poucos
àqueles que se atrevem resgatá-las
e conservá-las para suas próprias eternidades.

As pedras constroem.
Edificam passagens,
relembram momentos.

Significam.

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