Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

2.2.07

Silêncio

Sento à janela, indiferente, ao ritmo insano que a cidade apresenta.
A selvageria das estúpidas relações mal-resolvidas.
A tristeza da solidão que prende, que priva, que mata.

Jamais serás preenchida.
Não tem de ser. Não é merecida,
em sociedade de loterias.

Daquela onde poucos têm o direito
de serem amados.

Ser tocado,
ser verdade.
Ter percebido.


Sentido,
sem sentido.
Sem forças,
nem crenças.

Malemolências.

Um dia de lua,
de tristezas,
de cartas mal-recebidas.

Informações trocadas,
erros cometidos.

Desinterpretações corriqueiras,
falta de tempo e de espaço.

Prefiro calar-me.
Ficando aqui em silêncio.
Me acompanhando satisfeita.
Trilhando caminhos novos,
e tranqüilando a mente.

É possível boiar,
quando o mundo em tormenta,
atrapalha teu curso,
e não te deixa pensar.

0 diz pra mim, diz

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