Silêncio
Sento à janela, indiferente, ao ritmo insano que a cidade apresenta.
A selvageria das estúpidas relações mal-resolvidas.
A tristeza da solidão que prende, que priva, que mata.
Jamais serás preenchida.
Não tem de ser. Não é merecida,
em sociedade de loterias.
Daquela onde poucos têm o direito
de serem amados.
Ser tocado,
ser verdade.
Ter percebido.
Sentido,
sem sentido.
Sem forças,
nem crenças.
Malemolências.
Um dia de lua,
de tristezas,
de cartas mal-recebidas.
Informações trocadas,
erros cometidos.
Desinterpretações corriqueiras,
falta de tempo e de espaço.
Prefiro calar-me.
Ficando aqui em silêncio.
Me acompanhando satisfeita.
Trilhando caminhos novos,
e tranqüilando a mente.
É possível boiar,
quando o mundo em tormenta,
atrapalha teu curso,
e não te deixa pensar.
0 diz pra mim, diz
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