Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

4.1.06


É como se tudo começasse de novo.

A vida da gente se dá em ciclos.
Vemos isso na natureza que não está mais lá, assim,
Tão presente.

E quando não temos um ciclo, criamos.
Inventamos.
E prometemos e pedimos.
Rosas ao mar, objetos de afeição.
Santos, deuses, preces, ritos.

Sete ondas.
Panetone.
Peru e família.
Corações apertados.
E risos frouxos de sidra.

E nada disso é mais que o tempo a passar.
E nós a senti-lo. Acariciá-lo.
Respeitá-lo.

E transgredi-lo.

Começamos e começamos e começaremos.
Mas carregando o que passou,
Como pedras.
Conchinhas.

Alguém aí já disse que vai construir um castelo.

Eu?
Eu vou primeiro construir minha casa.
Com as pedras, e com as pessoas da minha vida.

Aquelas que observo,
Aquelas que me alimentam,
Aquelas que me amam,
Aquelas que eu amo,
Aquelas.
Todas elas.

E tudo começa de novo,
Sem ao menos,
Ter terminado.

2 diz pra mim, diz

Anonymous Anônimo disse...

Isso significa tudo que vivemos naqueles dias em que muitas cervejas com coca cola e wisques fizeram parte de varios papos e lições. Adorei tudo!!! Muito lindo seu poema.

13:59

 
Blogger sopa de giz disse...

Isso!

Uma pequena homenagem.

Não há nada que escrevamos que não esteja dentro de nós. E comigo, são de fato vivências.

E como raramente vivo-as sozinha, fico mais que feliz de sentir que foram reconhecidas pelas pessoas da minha vida.

16:03

 

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