Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

12.2.06

Era como se estivesse num espaço novo.
De novo.

Ela já tinha passado por lá. Já conhecia os "esquemas".
E nem lembrava mais como era.
Sentia seus pés firmes em pontas estreitas de equilíbrio.

Sentia aquela música entrar em seus ouvidos.
Sentia corpos juntos ao seu.
Sentia algo diferente.

E aos poucos aquele equilíbrio todo ia arriscando.
Ia testando novos embalos.
Flutuava graciosamente. Ternamente. Etérea.

Embebedada. Ia perdendo o equilíbrio.
E já não flutuava mais.
Era segurada pelos corpos ao lado.
Era embalada por uma música intensa.
Continuava a dançar e sorria mais.
Estava feliz. E fazia outros felizes.
Sem se preocupar com o ritmo ou o difícil equilíbrio nas pontas estreitas.

Uma palhaça nas luzes da ribalta.
Sorrindo.
Dançando.
Linda, ridícula e suada,
beijando a noite.

1 diz pra mim, diz

Anonymous Anônimo disse...

Paulinha, menina, mulher!
Fazia tempo que queria olhar seu blog, mas ainda não tinha tido a oportunidade... Que maravilhoso!!!! Comecei a ler esta postagem e a imaginar você - e eu, e a Lia, e a Mariana, e a Lud - no sábado. E aí tive que ler todas as anteriores, uma por uma, até chegar ao final. Ou melhor, ao começo...
Amei.
Te amo.
Li ;-)

01:17

 

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