Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

16.10.06

Mortes Secas

- Não choramos sua morte;
Celebramos sua vida!

Disse o primo para um 'Pêsames' ao telefone.

Ela morreu. Faleceu. Bateu com as botas.
Não foi pro saco porque ainda não é hora.

Depois de 105 anos.
Nascida no primeiro ano do século passado.
Conheceu aquele, conheceu esse.

Eu vi-a rindo. Lúcida, trôpega, lívida.
6 foram os filhos.
4 tataranetos.

Quanto tempo de vida.
Quanto tempo na janela...

Agora que pulou,
fica a conversa.

Fica o carinho,
e bastante do amor. Os laços.
Que, assim, não foram rompidos.

Vai com deus, dona Chiquinha.
Vai tranqüila, levando vida.

Diga olá pro meu avô,
E visita nóis de quando em quando.
Que no coração e nas memória'
será sempre bem benvinda.

É com carinho,
Que te tenho - e os causo' contado' -
guardada aqui,
no quentinho do coração.

0 diz pra mim, diz

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