Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

22.10.07

Véu

"Te agradeço a presença."


Como uma noiva,
te recebo em minha vida.

Independentemente das relações de amor,
das relações de ódio,
das relações de classes.

Tendem os burgueses romancear
romantizando as histórias de amor,
por uma invenção que não é velha,
mas que cabe.

Amor que encontra fundamento
muito bem dentro de uma caixa ressonante,
de um pulso-órgão sistemático,
rítmico, re-significado.

Busca de identidade.
Recolho e conforto.
Braços, pernas, bocas,
corpos que falam.

Cabeças que tocam.

Tocando-se sem o toque.

Eu com a burca,
você com outra.
Nos tocamos.
Encostamos as nossas.
Essa inventada idéia de almas.

Nossas.

1 diz pra mim, diz

Blogger Unknown disse...

adorei, minha querida!

essa burka tem é muito interessante, e tem uma função especial.

gosto muito de vc, de vc comigo, da gente, dos contornos e das formas que estão surgindo aos poucos, sendo gradativamente construídas tranqüilamente, serenamente.

muito bom tudo isso, só quero que... que vc... durma melhor! desculpa roubar suas preciosas horas de sono :P

"dorme minha pequena, não vale a pena, despertar..."

:)

02:05

 

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