Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

20.5.09

Identificação

Tortured mind.
This has always been a conversation.
Between one me and other.


Sempre uma conversa. Nem franca, nem aberta.
- Não devemos ser tão sinceros.

Como tu me imaginas?
Como é que tu me criaste?

Um espelho das tuas ilusões?

Uma cópia mal feita dos teus mais ilustres desejos.
Um ob-jeto.

Do teu próprio eu.

E se eu me preocupar?
E se for verdadeira minha intenção de entender-te?

Mesmo que isso seja impossível.
Não pensarás jamais que será - impossível - por ti;
por causa de timesmo.
E serei eu a pecadora absoluta em tuas visões.

Serei sempre eu a egoísta,
lavradora de desejos incompartilháveis.

Serei eu a peste sugadora da tua alma.
Inumana.
Descabida.
Da pele fria e solitária.

Sem importância do que eu pense.
Se eu te vejo, se te entendo.
As coisas que te desejo. Nem o modo como eu te desejo.

Criatura isolada. Pequena e incapaz.

Antesfosse um tipo de bicho.
Talvezera um modo de monstro.

- Soas falsa!

Todos me querem errada, me cobram perfeita.
Para que seja humana.

0 diz pra mim, diz

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