Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

26.5.09

(tinha que ser um intervalo musical)

Fumando meu cigarro com as janelas da noite abertas à espreita do mágico eu procurava pelas enciclopédias maneiras que me levassem ao longe. O cheiro do incenso acesso na ponta dos meus dedos esvaía ouvindo Satie e lembrei da travessia inspiradora entre as extintas torres gêmeas (história real, tem até um filme lindo). Sonhos ardem e a vida se vai. Frágil amarga cruel. Eu queria ser mais forte e eterna. O sonho bonito que afaga me atravessa pontiagudo solitário. Há tanta coisa fora de mim que precisa ser ajeitada e eu tento e eu tento e nada sai do lugar. Ontem minha amiga francesa disse que o céu lá também é azul que a vida mudou que tudo estava tão novo que descobrira o amor e que não o deixaria jamais. O céu ali é azul-igual. E o azul, é azul também. Blê. Ela estava um pouco azul. Como eu mais. Igual e eu mais. Tentando ouvir o porquê doído. Interno. Hoje parecia dia de fazer tão claro: a dor mais humana. A dor só. Do só. Azul. Imensa. E aí a música era clara na lua.

A lua era claríssima.
E uma tosse de criança interrompeu. Intervalo de fé. E família.

1 diz pra mim, diz

Blogger Vanessa Pessoa disse...

de visita aqui. você me parece de cimento e céu. azul. bj

15:33

 

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