Raiva
Um sentimento que invade entranhas.
Calma.
Controlada. Naquela jaula dos sonhos.
Aquela jaula que contém o que não há de ser contido.
Eu não acredito que o lobo deva morrer de fome!
Eu alimentarei o lobo!
Continuo dando seu leite.
Dou-lhe minhas tetas embebidas,
e ele rasga minhas entranhas invadidas.
Faz evadir o meu sangue. Que pulsa, ainda.
Sairá sujo.
Da raiva contida.
O ódio que não traz em si a calma.
O torpor que não traz em si a paz.
O choro que soluçando, não soluciona.
Não há mal que sempre dure.
Não há bem que nunca acabe.
A força grita. O controle permite.
Os dedos não acompanham.
O corpo quer gritar.
E voar.
Saltar. E morrer.
Livre!
E só.
Só.
Só.
O lobo sairá;
Verá a luz;
Verá o sol;
E o cachorro amor de todos.
E os dois serão um.
Embebidos do sangue e do leite.
De ambos.
0 diz pra mim, diz
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