Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

19.11.06

Retrato em Azul e Cinza e Branco




Alguém não quer mais chorar.
E a imagem chora a derradeira lágrima.

Despede-se da dor e embarca,
aliviada,
na canoa das idéias. Indolores.

Viaja para longe onde não se possa mais achar.

Acompanhada de Ninguém,
Alguém segue.

Rumo ao desatino-nada.
Não nada, sem remo. Com rumo.
Murmúrio.

Sem dor.
Nada-dor.
Compete em ritmo que não convence.
Não há quem. Há Ninguém.
Não há-dor.

Nem Sol-de-pôr.

É vazio,
de paisagem buco-lógica.
Pretenso canal matemático.
Onde o ósculo
espera.

0 diz pra mim, diz

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