Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]

5.12.06

Carta do Professor

Paula, tomei a liberdade de ler seu texto fazendo uma nova edição. Não cortei nada porque achava ruim. Nem propus esta redação porque achava melhor. Foi só para lembrar que a leitura é um modo de editar. E cada edição, uma nova poética.

espero não perder sua amizade depois desta " licensa poética "
Silvio

"Cego caminho, encontro imediato e impreciso.

o toque dos seus pés estão ligados ao chão. suas pernas, seu corpo e seus desejos. eles encostam confiantes no chão. um-após-outro. enquanto um toca, o outro se prepara para um mergulho inseguro-incerto onde os sentidos não permitem que se previna. a cada novo mergulho invertido da gravidade, busca os anteparos que brilham. os seguros-suportes que reluzem de suas mãos. e alerta, se permite sonhar com o novo a cada momento. Agora o espaço entre suas idéias e seus limites é de um braço. de uma perna. dos seus braços e das suas pernas. é com o toque que seu mundo se constrói... um sentido trabalha a favor da antecipação. É preciso esperar que o tempo alcance o tamanho dos seus braços e das suas pernas para que possa ver o que de novo há por vir.
paula sempre constante, é preciso ver com toque.
quatrododozededoismileseis"


Caro Professor,
Tomei a liberdade, então, de publicar.
Obrigada. De coração.

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