A arte
Fazer arte de uma vida sem nexo.
Fazer arte de uma vida sem fluxo.
Fazer arte para vidas em anexo.
Fazer arte para vidas sem sexo.
Fazer arte por um simples puto.
Fazer arte-inseticida.
E da arte, fazer a vida.
Metaforia Constante de Olhos que Ouvem Vida [ou resgatam o trauma da boca calada]
A arte
Ela encontrou pessoas interessantes.
E têm esse costume. Encontram-se de tempos em tempos para conversar, comer um pouco e trocar idéias. A feminilidade do compartilhamento. Na época das avós isso já era uma prática comum, diziam. A hora do chá. Reuniões quinzenais nas casas de cada uma, normalmente da vizinhança, que era, dentre muitas outras coisas, algo que possuíam em comum.
Hoje, são individuais. São os seus relógios que clamam a pontualidade. Uma grande diferença. Só que a raiz se mantém.
Inventaram isso há alguns anos atrás. E as conversas mudaram de travesseiros para brigadeiros. De pães de queijo para pizzas de tomate e brócolis, porque é mais prático. E depois da pizza, os feijões desta vida. Sentem-se acolhidas nesse mundo cheio de dúvidas e de individualidades. Geniais. Com todas as suas diferenças, são agora mulheres. E mais do que nunca meninas, que estarão ligadas pra sempre. Com um laço forte que as faz irmãs. E tias.
Sobre o perdão